Discriminar é favorecer ou prejudicar um indivíduo ou um grupo de indivíduos em
relação a outros, com diferentes características. Discriminar positivamente (acção afirmativa)
é favorecer um indivíduo ou um grupo de indivíduos, que à partida estariam em
desvantagem, com o objectivo de chegar a um ponto de equilíbrio. É a esse ponto de
equilíbrio, em que não há indivíduos ou grupos favorecidos, que chamamos sociedade
igualitária.
Existem grandes desequilíbrios na sociedade porque, no passado, certas pessoas
foram, ou no presente continuam a ser, discriminadas, muitas vezes em relação ao seu
sexo, mas também muitas vezes em relação à sua raça ou religião. É para combater essas
injustiças que é utilizada a acção afirmativa, compensando quem foi prejudicado. É esse
o objectivo mais “puro” da acção afirmativa, o que à partida nos leva a pensar que é um
bom caminho para combater certas desigualdades. Por exemplo, no país A, existiam,
numa determinada altura, mais deputados na Assembleia do sexo masculino, do que do
sexo feminino. O governo desse país achou que devia tomar uma atitude para que as coisas
se equilibrassem. Então decidiu dar prioridade às candidaturas femininas, para que
houvesse igualdade. Passado um tempo já havia igualdade e a discriminação positiva
deixou de ser praticada. Deste modo, a acção afirmativa parece ser o meio mais práctico
e correcto para atingir uma sociedade igualitária.
Mas existem muitas pessoas que não concordam com isto. E eu também não concordo,
pois acho que não é necessário nem correcto recorrer à discriminação positiva
para que haja uma sociedade equilibrada.
Como já foi acima referido, a acção afirmativa é utilizada para tornar a sociedade
mais igualitária. Mas penso que não é racional nem justo, promover a igualdade, utilizando
um meio discriminatório. Segundo os defensores da discriminação positiva, é correcto
favorecer um grupo à partida em desvantagem. Só que isso implica muitas vezes
prejudicar outros grupos, violando alguns dos seus direitos. Além disso levanta-se a
seguinte questão: não foram os actuais membros desse grupo que contribuíram para a
primeira discriminação. Estes vão pagar por uma acção dos seus antepassados, o que
também seria uma injustiça. É certo que quem foi prejudicado tem o direito de ser compensado,
mas não faz sentido se não for por quem a prejudicou. Deve-se, pois, utilizar a
discriminação para acabar com a discriminação? Isto parece ser inconsistente.
Acredito que a acção afirmativa, ao privilegiar elementos de grupos desfavorecidos,
em vez de contribuir para extinguir certos preconceitos, como parece ser o seu objectivo,
pode mesmo alimentá-los. Um aluno negro que tenha entrado para uma universidade,
com média de 17.8, em detrimento de um branco com a mesma média, devido simplesmente
à discriminação positiva, pode ser confrontado com reacções do género: “Só
entrou porque é preto, e têm pena dele!” ou “Se eu fosse preto também teria entrado”.
Isto podia fazer aumentar certos preconceitos.
É possível para um defensor da discriminação positiva responder ao primeiro
argumento dizendo que é muito mais injusta a maneira como as coisas estão – o desequilíbrio
naquele momento seria comparativamente mais injusto do que o recurso à da
acção afirmativa. Se utilizarmos a acção afirmativa, estamos a contribuir para um futuro
em que, a nível social, haverá menos desigualdades, alega quem defende a sua implementação.
Mas mesmo assim será plausível que utilizemos uma acção desigualitária
para obter uma igualdade? Eu penso que tal, além de não ser plausível, não é necessário.
Não é preciso favorecer os grupos em desvantagem, basta deixar de os prejudicar. Assim
será mais justo, porque ninguém sairá prejudicado, havendo apenas o senão de este processo
poder ser mais demorado do se recorrermos à discriminação positiva.
Quanto ao argumento dos preconceitos, pode ser respondido pelos defensores da
acção afirmativa apresentando garantias do seguinte género: por exemplo, numa candidatura
a um emprego, a acção afirmativa só deve funcionar a favor das mulheres se o
nível mínimo de capacidades para que elas sejam admitidas for alto, apesar de poder
haver homens com habilitações ligeiramente superiores. Mas é discutível que isto seja de
facto discriminação positiva, pois pode ser apenas um ajustamento dos critérios de
selecção de candidatos.
Assim, do meu ponto de vista a discriminação positiva não é, de facto, o melhor
meio para uma sociedade igualitária. Ela pode até estimular certos preconceitos, levando
a fracturas na sociedade. Também não é plausível utilizar um meio que favorece uns,
discriminando outros, para atingir um fim equilibrado e igualitário.
Por tudo isto, eu penso que não devemos recorrer à discriminação positiva.
mas de qualquer geito é uma discriminação SIM!
Por que os negros não tem os mesmos direitos que os brancos?
Mas, não, Precisa recorrer á algum tipo de decriminação(por que de qualquer geito é sim uma discriminação) pra ter uma pequena quantia e pequena chasnce de um vagas em um universidade e etc.
Mas esse tipo de preconceito não é apenas com negros mas, tambem com indios, MULHERES em especial,e pessoas com deficiencia fisicas e até mesmo pessoas portadoras de doenças do tipo AIDS.